terça-feira, 23 de outubro de 2018

UM ENCONTRO COM O AUTOR


Olá,pessoas!

No dia 18 de setembro de 2018, o grupo “Além da Leitura” se reuniu para mais um encontro/ debate, com o Escritor e Jornalista JJ. Leandro. Desta vez a obra apreciada foi 'A morte no Bordado’.


















Autor de uma escrita muito peculiar (particular), JJ. Leandro jornalista e escritor. Autor dos livros, Quase Ave (poesia), Babaçulândia (História), A Morte no Bordado (Romance) e Memórias de Petelico (romance, no prelo) é um importante escritor maranhense, reside em Araguaína desde 1990.

Já recebeu outras duas premiações com seus livros: do Instituto Goiano do Livro como poeta inédito no Concurso Cora Coralina em 2002 e da Bolsa de Publicações Maximiano da Mata Teixeira em 2009 com A Morte no Bordado.

O debate foi mediado por Felipe Maranhão, acadêmico do 8° período do curso de Letras, da Universidade Federal do Tocantins / Câmpus Araguaína. Também contamos com a presença do escritor e poeta Orestes Branquinho Filho e o Professor e bibliotecário João Batista Carneiro.

A interlocução se deu a partir das inferências dos participantes a respeito do título do conto, qual foi sua inspiração para tornar – se escritor, sobre o tema para ele e o que tornou relevante sua escrita, entre outros assuntos.

Palavras do autor:

Para o escritor J.J. Leandro “A leitura e a literatura caminham lado a lado”.
  • O que o inquietou e o que o motivou para tornar – se escritor: foram as histórias que ouvia em sua cidade, das pessoas mais velhas e os acontecimentos da sua vida.
  • “Literatura é comunicação”.
  • A Morte no Bordado: é a expressão da própria sociedade temas que não são triviais ou comumente usados na literatura uma história mais informal do cotidiano.
  • A história é a opressão contra a mulher. Ele acredita que sua narração aconteceu no século XX.
  • A literatura é importante ser vista de diversos ângulos e viés não trabalhar só cânones, mas também com a contemporaneidade que alcance temas atuais.
  •  Ele não é do Pará e sim como ele diz “das barrancas do Tocantins”, e suas histórias são do povo de lá.
  • Sua concepção de temas de livros é bem complexa, tem o costume de anotar vários temas e abrir várias pastas em seu computador e depois começa a escrever.
  •  Gosta de escolher nomes de personagens que tragam algum significado ou tenham algum impacto, nomes simples e de fácil acesso, nomes curtos e que possa trazer familiaridade, quanto a morte no livro ele considera como uma válvula de escape.

Alguns trechos da obra:

Ricoleta tinha muito medo de se tornar uma nova dona Carmen. Não o confessara à mãe por pena de acusar-lhe o fracasso. Mas era o que a fazia ter calafrios.
Estava decidida a ficar em Itaoca. Ainda que isso representasse um passo na direção da materialização de seu medo. Ficaria. E não para resgatar o seu casamento ou salvar as aparências - que não tinha mais ilusões com isso. Quiçá para urdir uma vingança. Se as promessas de felicidade frustraram-se, vingar-se-ia de quem lhe causara esse infortúnio. O que lhe restava na vida senão isso?" pg. 112-113

“Adalgisa limpava com Cleó o grande salão após o almoço. Algumas meninas lavavam roupas e louças na beira do rio, e outras passavam roupa a ferro em brasa no final do corredor”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário